Saúde do cabelo do homem
Tudo o que o homem precisa saber sobre queda de cabelo
Calvície não é doença, mas entre a população masculina é considerada um dos maiores inimigos do homem. A queda de cabelo está associada a herança genética e, apesar dos prejuízos ficarem na esfera da estética, existem casos agravados ou até mesmo provocados por doenças, algumas delas bastante perigosas. Quando isso acontece, a calvície (conhecida pelos médicos como alopecia andrógena) recebe outros nomes. Nesse ponto você deve ir direto ao médico dermatologista para diagnosticar o que está causando a calvície.
A perda considerada normal é de 50 a 100 fios por dia. Isso faz parte do processo de renovação do cabelo e não deve alterar a densidade do couro capilar. Se a queda for maior, possivelmente você já vai notar uma redução no volume de cabelo.
Cabeça no lugar
Fatores emocionais para queda de cabelo estão se tornando cada vez mais frequentes nos diagnósticos médicos. É a alopecia traumática. Pode acontecer por estresse ou alteração psíquica repentina causada por um trauma. Já foi constatado que alterações emocionais aceleram a calvície ou provocam a queda de cabelo em regiões isoladas da cabeça, provocando falhas de tamanhos variados. Nestas situações, o homem está sujeito também a dermatite seborréica, a caspa, provocada pelo aumento da produção de óleo pelas glândulas sebáceas. Na grande maioria dos casos, o cabelo volta a crescer normalmente quando a questão emocional é resolvida ou amenizada, mas pode ser necessária a ajuda de um médico dermatologista.
Alimentação
O ferro é fundamental para os cabelos crescerem saudáveis e quando o organismo sente sua falta, os fios começam a afinar e cair. O sangue depende desse nutriente para formar as hemoglobinas (parte vermelha), responsáveis por transportar oxigênio para o interior das células e, assim, dar energia a cabelos e unhas.
Para evitar a chamada anemia ferropriva, na qual há falta de ferro no organismo, a pessoa deve incluir em sua dieta alimentos como carne vermelha, especialmente o fígado. Entre os vegetais, aqueles de coloração verde escura são os mais ricos em ferro. A substância é encontrada também no feijão, grão-de-bico e lentilha, grãos integrais, nozes e castanhas, açaí e açúcar mascavo.
Mas nem sempre o problema é causado por má alimentação. A absorção do ferro pode estar comprometida por outras questões. É preciso uma avaliação médica, com suporte de exames laboratoriais, para chegar a um diagnóstico preciso e depois adotar o melhor tratamento. Mais uma vez, os cabelos geralmente voltam a crescer quando a anemia é resolvida. O Centro de Terapia Capilar dispõe desse especialista para apontar o tratamento adequado.
Problema renal
Algumas doenças renais também podem prejudicar os cabelos. As glomerulonefrites, por exemplo, provocam alterações na quantidade de proteínas no sangue e, consequentemente, causam enfraquecimento das unhas e dos cabelos. O diagnóstico requer exame de urina para verificar a quantidade de proteína expelida.
Tireoide
A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, na altura do pomo de adão, e responsável pela produção de hormônios importantes ao organismo, como o T3 e T4. Ambos auxiliam na manutenção do peso, na disposição e no funcionamento de órgãos vitais. Quando a tireoide passa a funcionar mais lentamente, a pessoa desenvolve uma doença chamada hipotireiodismo, na qual os níveis hormonais tornam-se mais baixos. Todo o corpo pode acabar comprometido, inclusive a produção de cabelos.
Lúpus
O lúpus é uma doença autoimune, na qual os próprios anticorpos da pessoa se voltam contra o organismo, e acabam provocando um processo inflamatório que afeta a pele. A doença causa lesões no couro cabeludo e desnutrição dos folículos, além disso, os rins costumam ser atingidos e quando seu funcionamento é comprometido, há risco dos cabelos também se tornarem mais frágeis.
O grande problema do lúpus é que a doença não tem cura. Mas tem controle, assim como outras doenças crônicas. O tratamento costuma ser baseado no uso de imunossupressores, para que o sistema imunológico pare de se voltar contra o organismo da pessoa. Depois que a medicação faz efeito e a doença é controlada, o cabelo volta a crescer desde que não tenha havido uma grande perda.
Resistência à insulina e ovários policísticos
Existem dois fatores relacionados a perda de cabelo, embora essa relação ainda não seja totalmente compreendida pelos médicos. Uma delas é a resistência à insulina. Quando o homem precisa de mais insulina para metabolizar o carboidrato dos alimentos, há risco aumentado de perda de cabelos. O problema pode haver mesmo quando não houver necessidade de uso de medicações para compensar a deficiência.